quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O importante é votar.



Após o célebre consumo de alegria do carnaval, nos resta mergulhar, principalmente por ser ano eleitoral, pelo íntimo dos brasileiros. Acredito que há um sentimento desconfortável no que tange a condução do processo político-social, a resguardar, claro, os níveis de esclarecimento e as, importantíssimas, ideologias. Esses métodos são, exaustivamente, utilizados pelos poderes executivo e legislativo, em todas as suas esferas. Trata-se de uma questão óbvia, aonde interpretações consolidadas sobre o verdadeiro papel de quem se apropria da representação popular, afincam sob a impraticabilidade.
Em foco, sob uma interessante abordagem, o cargo de vereador, apesar de fomentar em países como Portugal e Moçambique, atividades de cunho executivo, é de total importância, no Brasil, por se responsabilizar em apurar e expor problemas da comunidade a buscar providências junto aos órgãos competentes e, sobretudo, pela relação acomadrada e pouco distante para com o povo. Infelizmente, no retrato da política brasileira atual, inspirado na elitista República Velha (1889-1930) – regime precursor após a monarquia – reflete, circunstancialmente no legislativo, um assistencialismo covarde que logra duma insuficiência político-educacional de eleitores e potenciais, carentes, também, do investimento educacional, conclamado em coro. Em paralelo, no sentido contrário, os detentores do poder, obstinados, teimam em desajudar. Salvo exceções, não unanimo tais eventos na política.
CAÉM, nossa terra de encantos mil, famosa pelo poder de conquistar os visitantes, sofre muito com isso. Se seguirmos um lógico raciocínio é, extremamente, fácil construir a ideia de que o voto atraído pelo poder pecuniário e/ou material exige estratégias simplórias, de fácil execução. É a regra do mercado, quem tem, leva! Eleições e capitalismo, juntinhos, no mesmo palanque e “arrastão”. Este modelo se consolidou, e, “políticos e eleitores” conjecturam-se sagazes. Pobres impressões.
Outras práticas merecem comentários. O que dizer das alianças INCONDICIONAIS entre prefeitos e vereadores, será que estes exercem livremente a função, ímpar, de fiscalizar o executivo? Ouvimos muitas justificativas, sempre evasivas, aquelas típicas que surgem a partir de perguntas irrespondíveis, a elas: vocês não conhecem a prática; na teoria é fácil; e, finalmente, a resposta clássica e confidencial, não há como um vereador se manter sem as “ajudinhas” do executivo. É isso mesmo, enquanto os encabrestados pagam as contas dos supostos eleitores, os oposicionistas, vendados, difamam, sem pestanejar, as boas ou más ações do prefeito. De novo, salvo, digníssimas, exceções.
Alheia a estas informações, escancaradas nas atitudes e depoimentos, a comunidade tende a viver incapacitada de produzir uma, simples, análise e identificação de quem, realmente, pode nos representar. Assim, continuaremos degustando a nossa sina, a usufruir de um modelo atrofiante, que, compra votos, ilude o cidadão, retroage a cultura e, por fim, esfacela a autoestima de uma grande população. Grande ano a todos! Afinal, aqui o ano só se inicia após o carnaval.
Por Rafael Muricy.
rafacaem@yahoo.com.br

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Eu voto em você !



Olá pessoal, Inaugura-se agora o nosso blog, mirando a nossa cidade e uma peculiaridade nela impregnada, a sua política. Aqui se introduz algo novo, que se revelará por fatos, questões, visões e, precipuamente, ideologias políticas identificadas pelo olhar de uma classe a qual, em CAÉM, é uma fotografia súdita – juventude muda que se utiliza da passividade para deslizar nas vias do tempo – assim se faz os dias passarem e o testamento de nossa rica cidade andejar a não haver um único herdeiro.
Em Caém, ao se manifestar e tratar de expor quaisquer tipos de opiniões, quando diferentes e oposicionistas, um oceano de comentários repressivos faz afogá-las e o ignorante e malicioso “silêncio” retoma seu velho lugar. Ahh... Se as paredes tivessem ouvidos. O molde correto de vivência da fase mais intensa da vida, a nossa fase, na humilde percepção de quem vos fala, é a isenção de compromisso a tradicionais modelos arcaicos enraizados, até então, sob nosso pátio político e social , outrossim, em foco, àqueles despreparos ocorrentes na excelentíssima política Caenense - “Me arruma que eu te ajeito”. Contudo, regressando ao preâmbulo deste parágrafo, assim que faço o trato da palavra “oposicionista” não postulo rima a discordância à atual administração, especificamente, todavia, corpulento a ser, manifesto-me às ignorantes opiniões que, desprovidas de raciocínio, não gozam do crescimento que a pluralidade de idéias é capaz de trazer. Isto é protesto, discussão, persuasão, desencarceramento de palavras ora desejáveis, ora não, mas sim intuitivas e com objetivos tendenciosos a acordar o acordado ou ressuscitar o vivo. Viva a redundância! Esta, na terra das flores, está em moda.
Vamos fitar à prática, debutando é claro, afinal, este, adjacente está de vários outros textos e, neste momento, não carece de aprofundamentos. Estamos às vésperas de um pleito eleitoral e a briga pelo gabinete com vista panorâmica à Praça Desembargador Souza Dias tende a esquentar, que clima bom heim!? Fofoca aqui, comentário ali; fulano não presta, ciclano é o bom... entretanto, na prática, tudo se mostra díspar. As reuniões “secretas” zarpam a acontecer, há articuladores e cientistas políticos em toda mesa de bar, e, claro, 300 candidatos, todos cidadãos enroupados pelo AMOR incondicional a nossa Caém, querem a transformar. Que lindo! Como é bom ter tantos políticos dispostos a empobrecer pelo coletivo, pela população carente de nossa terra. É por isto, entre vários outros motivos e exemplos de corações generosos que EU VOTO EM VOCÊ!! Para aqueles que se opõem aos fatos e não enxergam a realidade nua e crua, sustentada ao interesse, este jargão é sim um enigma. Para os singulares, um testemunho. Às campanhas.

Por Rafael Muricy.
rafacaem@yahoo.com.br