sexta-feira, 31 de maio de 2013

“Arraiá do Papagaio” no Sítio do Papagaio






Junho, o mês dos nordestinos, o mês do nosso, por alguns anos esquecido, São pedro volta a despertar expectativa e ansiedade de todos os filhos da terra das flores. Este ano os caenenses vivenciarão novamente, um dos maiores símbolos culturais de sua terra, um enxague de alegria a quem tem o trabalho árduo como tarefa diária, nos 365 dias do ano. Nosso São Pedro voltou...

A pouco foi lançada, de forma profissional e organizada, como deve ser, a tradicional festa junina de Caém. A nova administração caenense vingou o planejamento estratégico e sua força de vontade para reconstruir uma festa que muitos já não acreditavam em ressurgir. O empenho, a dedicação, a audição e o respeito ao legado São Pedrense, tenho certeza, foram locomotivas para esta ressurreição cultural.

A observar os instintos do evento, me permito expor uma grata surpresa, o tema da festa: “ARRAIÁ DO PAPAGAIO”. Grande escolha! Durante quase 20 São Pedros organizados em nossa terra, os mesmos foram alternados por temas divergentes, nada tradicionais, desvinculados totalmente do contexto histórico-cultural caenense. Agora vejo que 2013 veio para desbancar essa insensibilidade quase que perene; o outrora Sítio do Papagaio, precursor da "Nossa Metrópole", merecidamente é lembrado e homenageado – Espero que se torne permanente e, independente do prefeito ou grupo político, a feliz denominação Arraiá do Papagaio se perpetue.

Nos resta, agora, torcer e fazer acontecer o sucesso, esbaldar-nos de confraternização nos reencontros tradicionais e mostrar mais uma vez, através de nossa alegria contagiante, como se faz o melhor São Pedro do Brasil.

Entre várias discordâncias que existem e deverão existir, desta vez me prendo aos elogios ao prefeito e sua equipe, mostrou que mesmo em paralelo às dificuldades – utilizadas como pretexto e mastigadas exageradamente pela gestão anterior, aonde tentaram (sem êxito) maquiar e/ou omitir a falta de projeto, criatividade e planejamento – é possível proporcionar clássicos momentos de visibilidade à Caém, renda aos caenenses e lazer e alegria à todos.








Rafael Muricy tem 27 anos, nasceu em Caém, é consultor em gestão pública, blogueiro do PolitiCaém e do Portal Elefante Verde, além de ser admirador da arte política com ideais.


terça-feira, 7 de maio de 2013

O que fazem nossos atuais vereadores...




Com base nas interações mútuas, os extremos (se assim podemos definir os vereadores de situação e oposição em Caém) já introduzem suas verdadeiras faces nesta nova jornada administrativa. Depois dum inicio trajado de normalidades e parcimônias habituais, nossos representantes já penetram àquela marcação de território que, embora margeie a redundância, não subsidia características desinteressantes. Através das armas disponíveis, todos tentam sobrevalorizar suas ações, mendigando, claramente, o velho e clássico comentário: “fulano, ao menos, faz alguma coisa”...

Aos fatos, me arremeto a destacar com júbilo e desprendido de tendências, inicialmente, a bancada de oposição. Apesar da mesma não dispor de estrutura suficiente para o acômodo de seus quatro “guerreiros” – um deles se acomoda na bancada adversária – esta se move de forma inteligente e hábil, ostentando desde a organização até a ação, tudo em sombra dos passos do executivo. O que é legítimo e inteiramente concebível ao dever do cargo de vereador, independente do objetivo político.

Criticar, fiscalizar, denunciar, elogiar... Por mais que os vereadores, em foco os de nossa terra, historicamente teimem pela velha e arcaica política, ao qual se diz sempre “SIM” quando pertence à situação; e “NÃO” quando frequenta solo opositor, queremos ser surpreendidos pela consolidação das práticas dos supracitados verbos-deveres, a que é submetido um vereador, independente de seu lado partidário. Por mais que sejam vestígios que ainda distanciam do ideal, surpreendentemente, tenho visto atitudes interessantes na Câmara caenense, de coragem, respeito e alerta aos cidadãos. Ao que vemos nesta oposição legislativa, três coadjuvantes dão suporte para que seu líder (Pablo Piauhy), defensor perpétuo do ex-prefeito Gilberto Matos, na gestão anterior (ao qual muito o critiquei por isto), desenvolva suas características, agora, como franco atirador da oposição.

Enquanto isso, a bancada de situação, extenuada, luta para exercer seu fiel e histórico papel, a tentar proporcionar governabilidade ao prefeito e instituindo sua desconfiante participação. Respeitando o comportamento individual e o trabalho social/assistencialista que saneia, politicamente, cada um de seus mandatos, os vereadores da situação atual, juntos, infelizmente, não diferem de seus antecessores: estabelecem dependência ao prefeito, se constituem submissos e, automaticamente, dependem das articulações e estratégias do executivo, para se defenderem e executarem suas próprias funções.

 Com tanta submissão, me despertei a uma dúvida: quem paga o salário de um vereador, nós (cidadãos) ou os prefeitos?