quinta-feira, 18 de julho de 2013

Brasileiros X brasileiros



Como é minúsculo o poder das instituições, comparado ao das massas mobilizadas. A observar o quanto estas manifestações, alimentadas pelo vigor de uma geração pré-caracterizada pela passividade, reproduzem sua insatisfação com tudo, podemos atentar-nos para nossa realidade, nossa vida, nossos problemas e soluções.


Por algum razoável tempo nos declinamos, apenas, às causas individuais, exclusivamente às que incomodam nosso convívio íntimo familiar. Avistamos insurreições mundo afora com o ar de inveja, de acomodação. Pois sim, em algum momento a nação plural, tracejada pelas imunidades político-sociais acordaria. E de fato acordamos. Inicialmente sob a narração fascista de muitos jornalistas e cientistas políticos “independentes” – como um certo Marco Antônio Villa, historiador paulista e colunista da soteropolitana Rádio Metrópole, quando descreveu, logo de inicio,  em um de seus comentários a conceituada rádio, o movimento e os manifestantes como “criadores de problemas e grupelhos de extrema esquerda”, respectivamente (OUVIR COMENTÁRIO) – tentando a todo custo enfraquecer e diminuir os embaraços sofridos pela multidão, despejada, a priori, nas ruas de São Paulo.

Essa nossa mídia, e muitos de seus intelectuais, como o supracitado Villa, – rodeada de interesses e acordos –  foi vencida pela real democracia da internet. A espontaneidade disseminadora foi sagaz, pura, agindo como imã nas ruas.

Daí, defronte aos fatos, fotos e gritos das multidões cada vez maiores, atropelando suas ideologias (se é que existem) e/ou personalidades, todos se debruçaram em favor do povo, cuspindo exaltantes comentários, iluminados pela febre do populismo. Caracterizaram o NOVO lado da imprensa do Brasil, como o novo relato do mesmo Villa, apenas ao caminhar oito dias do desaforo supracitado e assinado pelo próprio (OUVIR COMENTÁRIO).

“O povo acordou”! Bradam – Incrível a diversidade de interpretações que os interessados diretamente têm, mediante o encontro desses interesses (totalmente individualistas).

Em suma, o que vale realmente é sabermos induzir uns aos outros à direção dum futuro próximo digno, como simples cidadãos brasileiros, sem precisar maquiar um patriotismo que, por si só, não condiz com os exageros artificiais, contextualizados, fria e cinicamente, pela hipocrisia burguesa e seus pariceiros. É difícil, mas vale muito a pena romper os inúmeros obstáculos – principalmente os camuflados –, nos reconhecer como humildes integrantes de um coletivo e seguir o caminho da integração mútua nas ruas.

Todos nós temos missões individuais, porém, elas só se concretizarão com a luta unificada de todos os verdadeiros brasileiros.




Rafael Muricy tem 27 anos, nasceu em Caém, é Consultor em gestão pública e Blogueiro dos Portais PolitiCaém e ElefanteVerde Salvador.
rafaelmuricy@rocketmail.com


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