Foto: Flavio Cajado |
Protagonizamos campanhas, manifestações intuitivas, passivas e proativas, sentimentos entusiasmados dignos de dignas representações. Anexamos pedidos raros, mal acostumados e óbvios. Na verdade os mendigamos, para que tenham alguma chance de serem ouvidos, atendidos e transitados.
A história, incluindo o presente,
tem sido cruel com nossa terra. Sacrificamo-nos pela atenção, pela sensibilidade
dos que devem militar seu exercício. Somos reféns da sina interminável, das
demandas das nossas ações, manifestações e interpretações. Nas experiências vividas – imprescindíveis –, não canso de questionar e interpretar os
desafios fomentadores da interação de uma comunidade, por mais humilde e
simples que ela seja – porque temos sempre menos do que podemos ter? Melhor: porque, em geral, somos sempre menos do que podemos ser?
A metade agradece entediada,
alucinada pela ilusão de satisfação, e a outra se faz de cega e vibra das
deficiências alheias, combustíveis da estagnação.
O problema é o poder! É nele que
mora a vaidade, é ele que ainda move, decide e sacrifica e pisa na cabeça dos comandados.
O instinto vaidoso é que ainda faz tudo isso acontecer?
Somos humildes, simples.
Repito. Mas insistimos em alimentar-nos dos sentimentos ignorantes e arrogantes. É possível vivermos do poder?
Creio na realidade, na capacidade
nossa, das famílias, de criar, compartilhar e viver; creio nos jovens atentos e
nos maduros intuitivos (que também desfrutaram da juventude um dia). Ambos devem
menosprezar a ignorância, o alimentador virtual e separatista das fontes individualistas
que manipulam a sede de beber e a fome de comer.
Em Caém por exemplo, somos poucos, amigos, ainda que cumprimos rigidamente as regras pequenas do egoísmo, do ter em sacrifício do
ser.
Não me convidem para o coro
superficial da política mesquinha, vendada para a coletividade. Ela sobrevive
da valorização excessiva dos desejos individuais. Podemos viver sozinhos?
Enquanto meditarmos intimamente, também nos moldes políticos, somente nos “sonhos” pessoais, seremos conduzidos sempre como gado. E sem percebermos. Acredito que podemos sonhar um pouco mais, porém,
precisamos de partes colaboradoras, não detentoras.
O PolitiCaém segue sua plena atividade, com simplicidade e humildade. Cremos
que Caém carece de comunicação, da manutenção evolutiva dos nossos ambientes
comunitários, das vozes caladas que podem contribuir e da juventude que enxerga
seu protagonismo.