terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Simples e humildes

Foto: Flavio Cajado

Protagonizamos campanhas, manifestações intuitivas, passivas e proativas, sentimentos entusiasmados dignos de dignas representações. Anexamos pedidos raros, mal acostumados e óbvios. Na verdade os mendigamos, para que tenham alguma chance de serem ouvidos, atendidos e transitados.
A história, incluindo o presente, tem sido cruel com nossa terra. Sacrificamo-nos pela atenção, pela sensibilidade dos que devem militar seu exercício. Somos reféns da sina interminável, das demandas das nossas ações, manifestações e interpretações. Nas experiências vividas – imprescindíveis –, não canso de questionar e interpretar os desafios fomentadores da interação de uma comunidade, por mais humilde e simples que ela seja – porque temos sempre menos do que podemos ter? Melhor: porque, em geral, somos sempre menos do que podemos ser?
A metade agradece entediada, alucinada pela ilusão de satisfação, e a outra se faz de cega e vibra das deficiências alheias, combustíveis da estagnação.
O problema é o poder! É nele que mora a vaidade, é ele que ainda move, decide e sacrifica e pisa na cabeça dos comandados. O instinto vaidoso é que ainda faz tudo isso acontecer?
Somos humildes, simples. Repito.  Mas insistimos em alimentar-nos dos sentimentos ignorantes e arrogantes. É possível vivermos do poder?
Creio na realidade, na capacidade nossa, das famílias, de criar, compartilhar e viver; creio nos jovens atentos e nos maduros intuitivos (que também desfrutaram da juventude um dia). Ambos devem menosprezar a ignorância, o alimentador virtual e separatista das fontes individualistas que manipulam a sede de beber e a fome de comer.
Em Caém por exemplo, somos poucos, amigos, ainda que cumprimos rigidamente as regras pequenas do egoísmo, do ter em sacrifício do ser.
Não me convidem para o coro superficial da política mesquinha, vendada para a coletividade. Ela sobrevive da valorização excessiva dos desejos individuais. Podemos viver sozinhos?
Enquanto meditarmos intimamente, também nos moldes políticos, somente nos “sonhos” pessoais, seremos conduzidos sempre como gado. E sem percebermos. Acredito que podemos sonhar um pouco mais, porém, precisamos de partes colaboradoras, não detentoras.
O PolitiCaém segue sua plena atividade, com simplicidade e humildade. Cremos que Caém carece de comunicação, da manutenção evolutiva dos nossos ambientes comunitários, das vozes caladas que podem contribuir e da juventude que enxerga seu protagonismo.



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