sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Depois da posse...





De frente ao reflexo dos fatos tudo parece simples, explicável. As ordens jamais se alteram, os moldes não fogem a perfeição, ao contrário dos defeitos, as qualidades pulsam com exorbitância e, por fim, a límpida amizade se mostra imponente. É, pena que não perdure tanto, logo a euforia passa, as artimanhas da política regressam, super-abastecidas pela fome de poder.

– Aonde este imprudente autor pretende chegar? Perguntam todos.
– Na realidade! Respondo.
Na história recente de nossa política, especificamente em 2012, vivemos e respiramos a política eleitoral, testemunhamos acordos imprevisíveis, porém, além de próximos de nossa realidade, são frágeis, como uma taça de cristal.
Aprendi que em mapas sempre se visualiza melhor as coisas, pensei na ideia, e abduzido a essa curiosidade, o fiz, com tal título: “Mapa político de Caém”; encontrei um embaraço espantoso, baseado exclusivamente na vontade, por vezes dotada de despreparo, que se estampa na cara de alguns “políticos” Caenenses.
Trazendo o assusto para a prática, tentei formular o cálculo do que o nosso prefeito, recém-empossado, teve de articular para domar os instintos humanos de outrem, bem antes de iniciar sua gestão. Antigamente o poder intimidava, hoje inspira. Notoriamente, de forma cronometrada pelas estratégias em construção, ou já construídas, em pouco tempo, as posições de alguns serão adotadas, como manda o planejamento, já pensando nas eleições de 2016. Não é delírio, é sobriedade pura, por sinal.
Pois é, os prazos dos acordos pré-eleitorais logo se aproximarão do vencimento e, como só existe uma vaga para o cargo de prefeito, o dissenso voltará a praticabilidade usual – ultrapassando as barreiras da ética, subtraindo ao máximo, do opositor, o poder de administrar, pregando a discórdia e, finalmente, sacramentando a sina do povo: ser distratado.
Mas ainda há tempo, minha gente. Enquanto as máscaras não caem, aproveitemos para desfrutar, deleitar das perspectivas admiráveis, agregadas a um mísero surto da competência imediatista, sempre praticada nos primórdios das gestões. Espero de coração, estar errado.