A proposta do luxo. Esta que estampa na
frente do nosso nariz. a que acompanha a multidão que o amigo Tiago Felipe
tanto repudia: 'as multidões me repelem'. Neste momento, início de segundo
turno das eleições, dez de dezembro de dois mil e dezoito, o "candidato da
massa" começa a ser chamado de bolso. O bolso, estimados, representa o
umbigo que precisa ser luxuosamente escondido. É muito complicado quando o
corpo da vaidade expressiva é atingido. A luta no Brasil do início do século
XXI é de um atingido contra um injustiçado. Sabemos que a verdade é incalculável.
Repensemos.
O que acontece neste mês de outubro sombrio é uma colheita triste porém
emocionante que politiza no modelo supletivo a massa média supracitada entre
aspas, que nunca padeceu de sérias necessidades, ou básicas. Lembrando que há
outras massas, inclusive a que já padeceu e padece, historicamente, a sim de
sérias necessidades básicas.Quem realmente precisa de estado?
Pergunte-se honestamente.
A jóia do mundo moderno é o dinheiro
caprichosamente materializado; a jóia América Latina, baseada nas profundas
relações exploratórias com as jóias impostas aos africanos e indianos
colonizados, é o material pobremente endinheirado. Jovens de 16 a 24 anos, as
maiores e mais vulneráveis presas da vaidade atingida. Acreditam na ilusão do
atalho da vida. Politizem-se, observem a realidade ao redor, e não parem de falar
nunca.Vocês é o que se precisa para equilibrar este país de desmedidas
injustiças.
Um país surrado por uma classe dominante de 1% da população que
detém 99% do material que lambe o dinheiro mínimo do pobre. Esta classe obriga
o bolso a defender esta propriedade supostamente "privada". É justo
isso? É desta propriedade que estamos falando, a que a direita, neste momento
representado por um autêntico POSTE, militar revoltado e desorientado, defende.
E nem é por que ele acredita nisso, recorda-se que o bolso já votou em Lula, o
homem do partido dos trabalhadores, que representa a ideologia, a liberdade
feminina e o direito ao aborto, a reforma agrária, acessibilidade a educação,
cultura e senso de existência, crítica e evolução. Mas agora ele pensa e defende o contrário.
mas sabemos o motivo - graças a democracia ele passou a compreender a lógica da
vida e por conseqüência da política, da sociedade, dos sentimentos do ser
humano de perfil desinformado. Taí o conceito da colheita, baseado na
polarização entre esquerda e direita, que cega e passa a idéia rasa de solução
unicamente pelo contrário radical ao melhor governo da história deste país, que
sim, apesar dos pesares, foi excentricamente de inclusão, conhecimento e
acessibilidade.
Desde 2013 o discurso está criado, foi
narrado quotidianamente pela tv, principalmente pela rede globo naquele
período. Só faltava a mulher ou o homem, de preferência homem heterossexual,
rico e branco, que a representasse. Começou a corrida, primeiro na avenida
paulista, depois na rua, nas casas das famílias, no congresso, no judiciário e
todo o resto da classe política, com os artistas, agentes públicos e privados,
empresários e diretores alto executivos, jornalistas, escritores,
historiadores, cientistas políticos e de outras disciplinas, professores,
jovens, religiosos e enfim as classes autistas... A pauta era tão sagaz que
qualquer um poderia representá-la. Entretanto, acredito eu, mesmo os
conservadores jamais imaginaram que poderia dar nisso.
A palavra mudança mais uma
vez serve ao estelionato da verdade, e ainda tenta levar pela injustiça , ódio
e medo os caminhos do Brasil. Basta! Já sabemos que somos isto e foi um avanço
descobrir. O mais importante é não se valer disto e lutar contra para
evoluirmos. Se no lugar de arte o assunto é arma,
virou crime não somente do código penal e da constituição federal, mais além,
virou um crime contra o direito humano, muito mais valioso que a instituição da
carta dos humanos que o o bolso, ou o umbigo, tripudia. O poste da vez serve a
direita elitista brasileira que nunca convenceu o povo através do diálogo
pacífico e de propostas concretas. O poste desconhece os conceitos básicos da
teoria liberal clássica e contemporânea que norteiam o seu potencial ministro
da fazenda.
Como o presidente da república vai auxiliá-lo e avaliá-lo? O poste
desrespeita os pilares da democracia, exalta a tortura e os torturadores que já
deveriam estar condenados e presos desde a redemocratização da república. O
poste detêm inúmeros e sérios problemas de índole, inclusive reconhecidos e
criticados pelos seus próprios e preconceituosos filhos que também viraram
políticos e agentes públicos. Imagine! Tem o meu respeito o contraditório, porém,
por aqui, nem o nosso contraditório aceita o nível de intolerância do poste da
nova direita brasileira. A justiça se rendeu ao ódio e só há um para
pedir paz: o injustiçado. Mas agora nós, os progressistas, queremos mais -
reforma educacional de base e justiça social desde as leis, passando pelo
estado, meios e sociedade.
Rafael Muricy