quarta-feira, 10 de outubro de 2018

o verdadeiro "poste"

A proposta do luxo. Esta que estampa na frente do nosso nariz. a que acompanha a multidão que o amigo Tiago Felipe tanto repudia: 'as multidões me repelem'. Neste momento, início de segundo turno das eleições, dez de dezembro de dois mil e dezoito, o "candidato da massa" começa a ser chamado de bolso. O bolso, estimados, representa o umbigo que precisa ser luxuosamente escondido. É muito complicado quando o corpo da vaidade expressiva é atingido. A luta no Brasil do início do século XXI é de um atingido contra um injustiçado. Sabemos que a verdade é incalculável. Repensemos. 

O que acontece neste mês de outubro sombrio é uma colheita  triste porém emocionante que politiza no modelo supletivo a massa média supracitada entre aspas, que nunca padeceu de sérias necessidades, ou básicas. Lembrando que há outras massas, inclusive a que já padeceu e padece, historicamente, a sim de sérias necessidades básicas.Quem realmente precisa de estado? Pergunte-se honestamente. 

A jóia do mundo moderno é o dinheiro caprichosamente materializado; a jóia América Latina, baseada nas profundas relações exploratórias com as jóias impostas aos africanos e indianos colonizados, é o material pobremente endinheirado. Jovens de 16 a 24 anos, as maiores e mais vulneráveis presas da vaidade atingida. Acreditam na ilusão do atalho da vida. Politizem-se, observem a realidade ao redor, e não parem de falar nunca.Vocês é o que se precisa para equilibrar este país de desmedidas injustiças. 

Um país surrado por uma classe dominante de 1% da população que detém 99% do material que lambe o dinheiro mínimo do pobre. Esta classe obriga o bolso a defender esta propriedade supostamente "privada". É justo isso? É desta propriedade que estamos falando, a que a direita, neste momento representado por um autêntico POSTE, militar revoltado e desorientado, defende. E nem é por que ele acredita nisso, recorda-se que o bolso já votou em Lula, o homem do partido dos trabalhadores, que representa a ideologia, a liberdade feminina e o direito ao aborto, a reforma agrária, acessibilidade a educação, cultura e senso de existência, crítica e evolução.  Mas agora ele pensa e defende o contrário. mas sabemos o motivo - graças a democracia ele passou a compreender a lógica da vida e por conseqüência da política, da sociedade, dos sentimentos do ser humano de perfil desinformado. Taí o conceito da colheita, baseado na polarização entre esquerda e direita, que cega e passa a idéia rasa de solução unicamente pelo contrário radical ao melhor governo da história deste país, que sim, apesar dos pesares, foi excentricamente de inclusão, conhecimento e acessibilidade. 

Desde 2013 o discurso está criado, foi narrado quotidianamente pela tv, principalmente pela rede globo naquele período. Só faltava a mulher ou o homem, de preferência homem heterossexual, rico e branco, que a representasse. Começou a corrida, primeiro na avenida paulista, depois na rua, nas casas das famílias, no congresso, no judiciário e todo o resto da classe política, com os artistas, agentes públicos e privados, empresários e diretores alto executivos, jornalistas, escritores, historiadores, cientistas políticos e de outras disciplinas, professores, jovens, religiosos e enfim as classes autistas... A pauta era tão sagaz que qualquer um poderia representá-la. Entretanto, acredito eu, mesmo os conservadores jamais imaginaram que poderia dar nisso. 

A palavra mudança mais uma vez serve ao estelionato da verdade, e ainda tenta levar pela injustiça , ódio e medo os caminhos do Brasil. Basta! Já sabemos que somos isto e foi um avanço descobrir. O mais importante é não se valer disto e lutar contra para evoluirmos. Se no lugar de arte o assunto é arma, virou crime não somente do código penal e da constituição federal, mais além, virou um crime contra o direito humano, muito mais valioso que a instituição da carta dos humanos que o o bolso, ou o umbigo, tripudia. O poste da vez serve a direita elitista brasileira que nunca convenceu o povo através do diálogo pacífico e de propostas concretas. O poste desconhece os conceitos básicos da teoria liberal clássica e contemporânea que norteiam o seu potencial ministro da fazenda. 

Como o presidente da república vai auxiliá-lo e avaliá-lo? O poste desrespeita os pilares da democracia, exalta a tortura e os torturadores que já deveriam estar condenados e presos desde a redemocratização da república. O poste detêm inúmeros e sérios problemas de índole, inclusive reconhecidos e criticados pelos seus próprios e preconceituosos filhos que também viraram políticos e agentes públicos. Imagine! Tem o meu respeito o contraditório, porém, por aqui, nem o nosso contraditório aceita o nível de intolerância do poste da nova direita brasileira. A justiça  se rendeu ao ódio e só há um para pedir paz: o injustiçado. Mas agora nós, os progressistas, queremos mais - reforma educacional de base e justiça social desde as leis, passando pelo estado, meios e sociedade. 

Rafael Muricy