quarta-feira, 8 de julho de 2020

Um olhar sobre a “Proposição de agenda 2020-2021 para ações de enfrentamento do Coronavírus no município de Caém-BA”, de autoria de Adinoraide Oliveira dos Santos, Gilvando Inácio de Oliveira, Marlucia Ribeiro Sobrinho e João Silva Rocha Filho.



O quadro teórico está referenciado basicamente por despachos públicos oficiais, estudos científicos e pesquisas estatísticas interligados a órgãos nacionais e internacionais como a Secretaria de Estado da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde - WTO, consórcios e comitês de gestão pública, mídias informativas e especializadas e universidades.

A ênfase inicial é para as características do vírus, a destacar sua ofensividade e intenso poder de transmissão e as altas taxas de mortalidade em idosos e portadores de doenças crônicas e pulmonares. São mencionados também problemas causados pela instabilidade político-administrativa do Governo Federal e sua face excessivamente ideológica provedora de medidas por vezes distópicas e extremamente confusas sobre a opinião pública e popular da sociedade brasileira. Por consequência, aumenta a exigência por mais organização e poder de ação dos estados e municípios no que tange a gestão transparente de recursos, rapidez nas decisões e conscientização eficaz das comunidades e suas cidadãs e cidadãos já fartamente atingidos pela desigualdade social e educacional.

O documento demonstra ações a serem incluídas e/ou complementares ao Plano Municipal de Enfrentamento do Covid-19, caso já exista, assim como apresentadas e discutidas de forma proativa pelo Poder Legislativo Municipal e a Sociedade Civil Organizada, a fim de minimizar os possíveis danos causados às vítimas e os profissionais de serviços essenciais com ênfase aos trabalhadores da área de saúde.

A agenda expõe de forma didática a necessidade de ação cooperativa e sistematizada entre todos os órgãos públicos municipais, a que pode ser denominada “Comissão de Enfrentamento” intersetorial, intendida pela Secretaria Municipal de Saúde, sob a coordenação geral do Gabinete do Prefeito Municipal e interligada às políticas deliberadas pela Secretaria de Estado da Saúde, Ministério da Saúde, Sistema Único de Saúde - SUS e Organização Mundial da Saúde, e apresenta, de maneira substantiva, um Plano de Ação conciso e planilhado a conter procedimentos educativos e comunicacionais acolunados em 6 tópicos que buscam delinear O QUE FAZER / COM QUEM FAZER / COMO FAZER, são eles: Objeto; Responsável; Parceiros; Etapas; Prazo; e Produtos.

Contudo, fica transparente a relevância, legitimidade e alcance deste documento o qual, dentre inúmeras outras proposições pertinentes, evidencia a indispensabilidade da implantação do Centro de Referência do Covid-19 para atender especial e dignamente os pacientes suspeitos de contaminação; e a Criação do Núcleo de Comunicação responsável por documentar, analisar e divulgar através de live e material digital e gráfico, ao menos uma vez por semana, em dia fixo, o panorama geral, o avanço cronológico da pandemia e as medidas tomadas pela administração municipal.

De mais a mais, a agenda, ainda sob extrato de proposição, sugere a Secretaria Municipal de Educação nas considerações finais, a levar em conta a importância do tema e a formação acadêmica e militância a causas educacionais dos autores, a “construção coletiva e participativa de um projeto, com plano de ação, recursos necessários e orçamento previsto, para o retorno das aulas com cumprimento da carga horária de 800 horas referente a 2020, bem como o ano de 2021.” A garantir o aprendizado e segurança dos alunos, professores e colaboradores.

Por fim, registro minha admiração e agradecimento, como cidadão e membro da Nova Frente Caenense, pela decisão sensível de elaborar este documento, as conterrâneas Adinoraide dos Santos - Pesquisadora da SECTI e a Vice Diretora do Colégio Municipal Pe. Alfredo Haasler Professora Marlucia Ribeiro, ao conterrâneo, companheiro de luta e Diretor Sindical Professor Gilvando Inácio e ao Diretor do Campus IV da UNEB Professor João Rocha.

Por Rafael Muricy

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Uma nova geração.



Nivelar por cima, de cabeça erguida e focando na essencialidade. Nunca ofuscar nem omitir o que mais interessa neste momento de tanta aflição e luta. Se a politicagem é tão grave em nossa cultura, vamos refletir a causa desse tipo de postura em tempos de pandemia e de demanda coletiva em prol da própria sobrevivência humana. Podemos chamar isso de miopia, ignorância, estupidez, vaidade e até suicidio e arrogância. Mas passa. Tudo passa, nem que custe gerações.

São estes os instantes que mais padecem de equilíbrio e liderança. Princípios que definem literalmente a continuidade da nossa vida e desbravam o segredo da evolução da nossa espécie. Somos animais, mas não devemos cair de joelhos aos instintos irracionais, propiciados exclusivamente aos nossos queridos bichinhos. Compreendamos nossa imperfeição e infelicidade. Honremos o nosso racional, doemo-nos a coisas importantes, mesmo que custe por vezes uma deprimente realidade. Abramos os olhos, apuremos os nossos ouvidos e, por favor, escutemos os gritos dos histéricos e o clamor dos sensíveis. Estendamos cada dor e tentemos cuidar usando nossas poderosas mãos, estas não foram feitas somente para a ação de auto servência. 

Se for para rebaixar-se a cobiça e a ganância, mesmo em tempos de guerra, jamais nos rebaixaremos. Pelo contrário, nivelaremos por cima, a custa da solidariedade e espírito de mudança afetiva. Lutaremos até o último instante por entender que o último momento é a chave para um reinicio; a introdução de um novo ciclo, a redenção dos valores e evaporação do orgulho. Nem tudo precisa ser meu, eu não necessito de tudo. Tudo pode ser nosso, e nós podemos ter tudo. 

Nos unamos aos solidários, aos que entenderam a tempo que dividir é multiplicar e que jamais seremos melhores sem ninguém verdadeiramente ao nosso lado, a nos valorizar. Saiamos enfrente, miremos em amplitude, questionemos a realidade comum em que vivemos e fixemos na intenção primaz de ajudar

Abra o que sempre esteve fechado, traduza os enigmas com a curiosidade da sua sabedoria. Saia do tédio e da conveniência. Sugira algo, reivindique sua colaboração ímpar e aceite ajuda sem se sentir em dívida. Seja credor dos seus sonhos.

É na mudança que encontramos a resistência e a resiliência. Confie que será melhor. Pense, acredite, receba e compartilhe.  É vitória certa!


Rafael Muricy
membro da Nova Frente Caenense

quinta-feira, 12 de março de 2020

Fabio Queiroz é o Pré-Candidato da Nova Frente Caenense



A NFC lançou oficialmente nestas quinta feira (12.4) a pré-candidatura de Fabio Queiroz a prefeitura de Caém. Segue a nota:

"NFC É FABIO QUEIROZ!!
A Nova Frente Caenense, grupo plural formado por empreendedores e empresários, jovens profissionais de diversas áreas e representantes de associações e partidos políticos, criado em 2017 para elaboração e discussão de um novo modelo de gestão para o município de Caém, declara apoio a pré-candidatura do Vereador Fábio Queiroz a prefeitura da nossa querida Caém nas eleições municipais deste ano.
Desde 2019 a NFC vem construindo um Plano Piloto de Governo a ser apresentado a sociedade caenense, sustentado por diretrizes fundamentais para uma gestão proativa e descentralizada, focada na produtividade econômica, valorização do meio ambiente, respeito a educação e eficiência administrativa.
Fabio Queiroz foi escolhido a representá-lo pelo seu histórico de representatividade, pela sua afeição e apreço as novas ideias, pelo seu talento como líder político e, principalmente, pela sua participação intensa nas reuniões, encontros e sincera interação no processo evolutivo deste robusto projeto de mudança para nossa terra.
A NFC APOIA UMA NOVA VOZ. 
VAMOS JUNTOS COM FÁBIO QUEIROZ!"

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

De frente pro Rio. Nem de costas nem de lado.

Luz dum futuro aglomerado 
O palco do líquido pujante 
Bem no ventre de um vale dotado
Águas puras em volume 
Rio de lágrimas humildes 
Pedras casadas ou amantes

Beleza variada 
Mato de musgo crescente  
Cobertura de terra nativa 
Alimento da vida escassa
Caminhos de flor colorida

Atmosfera gritante
O tempo imune das nuvens
Aconchego da água e das pedras
Atraiu mulheres e homens

Rica, fértil, de nutrientes embebida
Veio os agricultores, antes do povo mineiro
Do governo os projetistas
Da demanda os construtores 
Do embalo os comerciantes 
As ideias dum engenheiro estrangeiro

Já tinha a capela
Que por ordem mudou de vista
Virou igreja moderna
Estaçao no horizonte
Ar desenvolvimentista

Veias paralelas
Uma era a linha férrea
A outra já parecia pista
Entre elas, espremida
Nossa principal arteria
Pulsante e a mais viva

Se criou o povoado
De querer se fez vila
Ao pensar em ser cidade
O povo se viu emancipado 

De um lado a vista da serra
Debaixo a ferrovia 
Do outro o calor do morro
A serpente por entre o roçado 
em forma de rodovia
Nas costas de ambos os lados
Desprezado
Nosso Rio agonizaria

Ana Rosa disse 
Enquanto a nossa igreja Matriz 
Fosse virada para este lado 
Caém nao desenvolveria

E a natureza proclama 
Com ela nao há hipocrisia
Se nao virarmos de frente pro rio
Nosso bem mais sagrado
Teremos de vida poucos dias 

rafael muricy