Foto: Flávio Cajado |
Acompanhados de fotos, vídeos e figurinhas ilustrativas, admiro e curto
uns quantos “linda Caém”, “orgulho de ser caenense” nas redes sociais. Fico
emocionado com manifestações de amor, sempre fiquei, ainda mais com aquelas que
convergem com as minhas. Pena que são sazonais.
Revirando o histórico de nossa terra, vendo suas oportunidades escassas,
sua coronelização visceral que sempre palanqueia pessoas de todos os tipos, sua
organização político-manipuladora na montagem de grupos e famílias que se autodenominam
tradicionais (traduzindo: melhores
que as outras) e suas injustiças provocadas pela boa fé dos caenenses
“normais”, o que me resta é derrubar um pouco das idealizações e simplesmente derreter-me
diante da força de um personagem – este me mostra principalmente nestes momentos, enxergo-lhe bem agora, os gestos de uma simples
e grande ação.
Sou descrente, mas quando me
refiro a Caém, coisa que não faço já faz um tempo, publicamente, sempre me
esforço para minar todas as influências céticas que pairam sobre
meus miolos - em Caém e sobre a pauta de Caém, tento crer e pedir a todos os
deuses que se propõem existência!
E neste fim de semana então, fazendo
coro aos irmãos caeneneses, como deveria de ser, também estou feliz e quase
orgulhoso. Pularei ainda mais que agora, amparado pelo chão da grota ainda
florida em harmonia, com música, abraços e bandeirolas. Como é bom compartilhar
e desfrutar da nossa (essa sim) tradicional
festa junina.
Para não me estender a prosa como
de costume (prolixidade não combina com festa), concluo e resumo na insistência
de agradecer e perdoar informalmente, no estilo que espero nunca abandonar-me:
meus cumprimentos fraternos ao responsável por reacender, mais uma vez, o brilho
dos olhos lindos de nossa terrinha; e meu perdão humano a quem um dia tentou e
percebo que ainda tenta, involuntariamente, apagá-lo.
Olhando nos olhos da euforia, com olhar giraense, quase rezando digo, obrigado e viva a tu São Pedro!