domingo, 8 de abril de 2012

Parabéns Caém, 50 anos de emancipação política.



Em um momento distante, disperso, destemido, uma alusão à vida me refletira com intensidade. O que nos faz afetar, respeitar, interiorizar, com fomento, a figura abstrata representada por matérias visualmente intrínsecas, enfraquecidas pelos descuidos pertinentes de seus filhos? Vêm-me intuitivamente letras que reproduzem, unidas, a ternura da palavra solene e doce que transcende a simples admiração e grita aos nossos ouvidos, Amor.

Inegavelmente, Caém tem esse dom. O dom de atrair, de conquistar, por mais castigada, destratada e impiedosa que, em algum momento da história, ela possa estar. A intensidade com que o, outrora, sítio do papagaio defende àqueles que carregam, pelo mundo, o orgulho de ser Caenense é impar. Como é bom descer a última ladeira, já em seu vasto território, e encontrá-la da forma que for. A incondicionalidade a transforma, e ao mesmo tempo, afirma sua magistratura.

Os 50 anos de história emancipatória se definem por momentos, máximos momentos. À trajetória complexa, difícil, esbarrada por íngremes passagens no país e no mundo, nossas continências; aos que fizeram, literalmente, força, aos que torceram, mesmo sem agir, aos que vieram e tornaram seus e aos que colheram o que plantaram, obrigado! Devemos – principalmente nós jovens que fizemo-nos após os introdutórios momentos da história Caenense – muito a vocês.

8 de abril, que dia! Hoje parece brilhar mais forte, fazendo nossa Caém transcender sobre seus pares, ofuscando, sem desmerecer, as cidades vizinhas, digo, todas as outras cidades. Hoje seus filhos se cumprimentam com mais afetividade, a sentir a renovação da aliança, da união e da sua fraternidade referencial. Somos irmãos, filhos da mesma mãe, matrimoniada com a luta, com a bravura.

Parabéns Caém, por conceder as praças, como salas de estar, a deliberar, assim, momentos gratos ou não, marcados por sorrisos e lágrimas, brigas, beijos e abraços.

Parabéns Caém, por conceder as ruas, como quartos, a abrigar pensamentos e preocupações e, principalmente, por nos fazer seguros, escoltando-nos com seus escudos naturais.

Parabéns Caém, por nos conceder os rios, os lagos, as cachoeiras, como nossos quintais, prontos a sustentar nossos corpos, soltos e espalhafatosos, dispostos somente a agir.

Parabéns Caém, por construir uma família, por instaurar a informalidade na relação entre todos seus filhos, por gerar cidadãos que ao espalharem-se pelo mundo, propagandeiam com amor suas naturalidades. Seu papel, Caém, já foi cumprido. Resta-nos reciprocar o resguardo e o trato cuidadoso, a exemplificar tudo o que nos foi concedido.

Obrigado Caém, por existir, por nos fazer existir. Nossa honra transborda sobre teu seio e o prazer de te ver linda, contente sob as passadas tranquilas te teu povo, nos concede o orgulho perene e indescritível.


Por Rafael Muricy.
rafacaem@yahoo.com.br




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